domingo, 31 de outubro de 2010

Perseverança

E a vida nos
espera num instante
guardando um segredo
que nos rodeia
Mudar o jeito de ver
como tudo acontece
Vai encher nossos
olhos de esperança
E trazer contigo um
amor que se alcança
                      -J.Dias

Só depende de nós

Toda e qualquer
coisa pode acontecer
daqui da frente
só depende de nós!

Cruar um olhar singelo
das cinzas
Criar um abraço apertado
do sufoco
Criar um sonho real de
um mundo de abismo
Criar um amor verdadeiro
no meio dos preconceitos

Depende de nós
seguir em frente e
acreditar que ainda
podemos ser felizes!

entre faces

Bate Bate
a saudade no coração
Bate Bate
o desespero na imensidão

O olho cai cansado, pesado, triste
E já não se ouve mais o bater da paixão

Bate Bate
coração cansado
Bate Bate
coração viril

Que ainda sente a oportunidade
de pode sorrir
O seu maior sorriso mascarado
O seu maior gesto mal dado

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Destino e Atraso

Peça a si mesmo o atraso e o destino
Atrase-se para uma aula não desejada.
Veja o destino bater a porta de quando
estiver perto e er a pessoa sentada
ao seu lado te olhando.
Atrase-se para ficar uma estação a mais
e trocar sorrisos.
Espere o destino soprar o ar, e balbuciar
as palavras.
Atrase-se para atender o telefone,
espere o destino te chamar para sair.
Atrase-se para ver o coração palpitar,
peça ao destino torcer por você.
Atrase-se para começar e espere
o destino tomar conta do lugar.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

nascemos para sermos livres

"Todos os artistas têm em comum a experiência da distância insondável que existe entre a obra de suas mãos, por conseguida que seja, e a perfeição fulgurante da beleza percebida no fervor do momento criativo: o que conseguem expressar no que pintam, esculpem ou criam é só um tênue reflexo do esplendor que durante uns instantes brilhou ante os olhos de seu espírito."


''A simplicidade se fundindo com a realidade
A beleza dos olhos com a beleza da imaginação
Às aves que tomam conta desse mundão''
                                           J.Dias

sábado, 23 de outubro de 2010

desesperado

A vida é feita de atitudes nem sempre decentes.
Não lhe julgam pela razão, mas pelos seus antecedentes.
É quando eu volto a me lembrar do que eu pensava nem ter feito.
Vem, me traz aquela paz.
Você procura a perfeição, eu tenho andado sob efeito.
Posso te dizer que já não aguento mais.
Desencana, não vou mudar por sua causa, não tem jeito.
Quem é que decide o que é melhor pra minha vida agora?

Ouvi dizer que só era triste quem queria.
Ouvi dizer que só era triste quem queria.
Ouvi dizer que só era triste quem queria.
Ouvi dizer que só era triste quem queria.

Lidei com coisas que eu jamais entenderei.
Ah! Se eu pudesse estar em paz.
Me livrar do pesadelo de vê-lo nesse estado, e não poder ajudá-lo não.
Difícil é não poder mudar, porque estais tão revoltado irmão?

Ouvi dizer que só era triste quem queria.
Ouvi dizer que só era triste quem queria.
Ouvi dizer que só era triste quem queria.
Ouvi dizer que só era triste quem queria.

Ouvi dizer que só era triste quem queria.
Ouvi dizer que só era triste quem queria.
Ouvi dizer que só era triste quem queria.
Ouvi dizer que só era triste quem queria.

A vida é feita de atitudes nem sempre decentes.
Não lhe julgam pela razão, mas pelos seus antecedentes.
Cuidado com os seus passos!
(Aquela Paz- Charlie Brown Júnior)




Não quero me prender ao poder de te dizer o que fazer.
Esse não é o meu papel, mas não aguento ver você se
afundando cada vez mais.
Quero poder resolver, quero tirar essa confusão da sua cabeça,
essa angústia do seu peito.
-Você também precisa querer!-
Para onde você mandou sua esperteza e agilidade de fazer o
que lhe é cobrado, para onde você mandou aquele menino
que fazia suas tarefas bem feitas.
Para onde foi aquele irmão que eu tinha?
Não consigo mais enxergar aquele foco, e a vontade de fazer
o que era !chato" logo, para ir atrás dos seus potenciais.
Você deixou tudo de lado pela curtição, pelo momento
adolescente em ascensão.

ISSO NÃO VAI TE LEVAR A LUGAR NENHUM!

Vem me trazer de volta o brilho no olho em que eu o observava
trás de volta aquela sensação de gratidão quando via você
indo em direção certa.

Volta com aquele meu irmão...

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

defina comigo o traçado do nosso sentido


Quero teu sonho visível da pedra mais alta
Quero gotas pequenas molhando a pedra mais alta
Quero a música rara o som doce choroso da flauta
Quero você inteira e minha metade de volta

terça-feira, 19 de outubro de 2010

soul of the man in release

A chuva gelada molha minhas costas
O vento assobia na minha espinha
E com as gotas d'água debruçadas
em meu rosto, vejo escorrer aquele gosto
de quem fez satisfazer a alma...
De quem cantou com os punhos
e fez melodia com as cores
De quem venceu as dores e semeou
grãos de esplendor.
                              -J.Dias

Nas mãos da sorte


Despreocupados com a vida os
cidadãos seguem sua rotina
Retalhados com as regras
Reprimidos com as brigas,
A polícia já não trás segurança
A favela já parece a ultima esperança
Aquela casa abandonada onde tudo se via
dos tiros, aos gritos, as folias da vizinhas
trás consigo temores, rancores de amores perdidos
A humanidade já não se comove com crianças sofridas
Já não se enchem os olhos com mendigos na esquina
Eles brincam de ser felizes...
A felicidade brinca com eles
E dessa andanças, onde o mundo se cansa, as pessoas descansam como num final feliz...

Confissões de um Moinho

domingo, 17 de outubro de 2010

Batuque de sempre

''O samba da minha terra deixa a gente mole,
descole essa, faça você mesmo o seu,
apareça como a luz do sol, mande notícias pro meu endereço,
peço: antes que o mal cresça, antes que eu desapareça.''
(Torquato Neto)




Invente suas palavras, mas não esqueça, desifra-me as questões deixadas por essa canção, canta-me baixinho, aquela melodia que entoda todas minhas noites de solidão.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

discutivel perfeição


''Estas verdades não são perfeitas porque são ditas.
E antes de ditas pensadas.
Mas no fundo o que está certo é elas negarem-se a si próprias.
Na negação oposta de afirmarem qualquer cousa.
A única afirmação é ser.
E ser o oposto é o que não queria de mim.''
                                                    (Alberto Caeiro)





                                                                 "não julge sua vida pelo que vê todos os dias, vá para fora do seu mundinho, e verás que nada é como você imagina"
                                                                                 J.Dias

Vida Doce

A velha a fiar do alto da ladeira recita
suas palavras com grande entonação.
Vamos botar água no feijão, "maínha"
pra temperar essa carne e ficar bem gostosinha
basta carregar a mão na pimentinha.
E feito essa oração, volta-se ao trabalho
metenedo a mão.
Fica de olhos nas crianças, mulher!
Se não elas vão logo e arregação o pé, por aqui
não tem nada disso não é muita andança
e calo na mão.
Mas já foi-se o tempo em que criança andava de
bicicleta, hoje são todos desnutridos...

Longe das palavras, e dos sonhos deste poeta!

Ressaca...


A hora de bossejar me aperta o peito
como uma mão que passeia no seu deleito!

ciranda do mundo


Por onde andas menino sujo, pelo chão
Por onde andas crianças girando igual pião.
E aquelas cantigas de roda já viram o grito
da nação.
Que ao ver o galo cantar, tira a roupa
e rola no ladeirão.
Pra que lado vai, pra que lado vem
se essa rua, se essa rua fosse minha eu mandava ladrilha,
com pedrinhas de brilhante pra ver minha saia girar!

A Vida é um Moinho

Minha vida é assim...

Corro todo dia, quando toca o sino do trem
voando com a mulekada, até o colo de ninguém.
Meu pé cansado da estrada longa, mostra feridas
enquanto dos bacanas carne branca
Aquelas visões em todos pagam milhões, também
tenho, sem janelas enormes onde segurar, é do alto
daquele prédio que vejo o mundo girar, esperando
ansiosamente para que aquele dia termine, e começe
de outro jeito, em outro lugar.
As balas que vendo no farol, são o sustento da família
meus irmãos, dependem de mim, e quando aquele grandalhão
me mete a mão, e rouba o meu ultimo sustento, é que passa
pela minha cabeça.  
             -O que eu fiz Deus?
Meu corpo já não aguenta de tanta judiação, não se sabe onde
começa e termina o chão, me encolho em qualquer canto, mas  não
ligo de abrir mão de um colchão, para que todos fiquem em paz.
As palavras sujas que saem da boca do meu pai, quase se comparam
com o que vemos em nosso local, mas quem vai ligar pra isso quando
temos onde nos esconder, quando temos onde "morar"?
Seria esse o tipo de moradia que merecemos, que precisamos, onde
está a beleza de cristal que vemos nas casas de televisões.
            -Isso existe mesmo?
E quando naquele dia parece tudo igual, surgem pessoa de nomes
surreais, mostrando um pouco de esperança, mostrando, como é de
verdade um dia das crianças, fazendo dos rostos desnutridos, uma
mascara de sorrisos, tornando aquele brinqueno já usado, no mais bonito
de todos, no mais sonhado da vida, e aquelas criança que choravam, hoje
rier com seus brinquedos na mão, hoje aqueles que não gostavam de suas
casas, vêem as cores tomarem conta da construção.
E mesmo que a sociedade queria excluir a gente, mesmo que aqueles trem
atropelem nossas mentes, temos pessoas que olham por nós, temos muito
mais temos aqueles que doam de suas vidas também sofridas para ver a
felicidade de outro alguém, que nem conhecem.
Então me pergunto, porque os que realmente estão voltados para isto, não
nos enxergam, não pegam uma lata na mão, e vão pintar nossas casas.
Meu pé ainda doi, ainda sou roubada no farol, ainda tenho que ouvir meu pai
xingando toda nossa nação, mas encontrei aquele dia, o cheiro da esperança
pairando pelo ar


A VIDA É UM MOINHO II
http://www.flickr.com/photos/artetude/5063160643/


                                                                                   Confissões de um Moinho

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Click's



O que as fotos nos mostram,
de um passado não muito distante
ou de um presente não muito empolgante
o que podemos ver daqueles tempos, em
que o nosso futuro era crescer e se tornar
grandes borboletas para voarmos longe!
O tic-tac do relógio ressoa com o vento

                                                   E a pressa nos consome...

me perdoe pelo atraso, ando sem despertador
ando sem pudor, ultimamente!

domingo, 10 de outubro de 2010

Boneca de Porcelana


minha bonequinha que tem a face rosada, que solta risadas para descontrair, que é graciosa, e se mostra sempre implacável as mãos que as apertam, essa boneca é a mais agradável para se mostrar aos outros, mas suas mãos tão pesadas realmente não vão machucar minha boneca de porcelana que é tão frágil!?!




Alguém se lembra daquela tarde
em que as risadas eram contagiastes
em que todos eram grandes confiantes
da nossa sinceridade, da nossa lealdade,
do nosso amor??
Alguém se lembra daquela tarde
que passei o dia sufocante, em um choro
constante por não haver mais chão sob
meus pés?
Alguém se lembra daquele dia em que
solucei baixinho e você gritou aos ventos
meus temores só pra se divertir?
Pois bem, aqueles dias me fizeram crescer
me fizeram ver, não posso mais sorrir como
uma boneca de porcelana...
que minhas sapatilhas estão sujas e lamaçadas
E basta um salta para que a sujeira caia
dos meus pés, para que eu me levante
e pose para mais uma foto, como uma
linda boneca de porcelana, faz!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Mal iniciado, mas iniciado


Quem é o asfixiador? Eis o que eu estou sabendo a música
popular brasileira continua sem ar - e é claro, otário, que mesmo
assim alguma coisa ainda pinta, e quase sempre, em quase
todos os suplementos. Pintam Caetano Veloso, Paulinho da Viola,
Gilberto Gil, Gal e mais alguns.
Pintam, mas a falta de ar continua.
Quem asfixia a música popular brasileira?
Eis o que eu estou sabendo: a parada de sucessos não sabe de nada
e todo o tipo de exaltação pré-carnavalesca continua parando por lá.
Por causa de que, se mal pergunto?
Cartas: eles pintam com cartas sempre eficientíssimas, apresento-lhes
nosso último sucesso e que não se publique, mas se cumpra: são
cartinhas altamente recomendáveis e tome mediocridade geral nas
paradas. A música popular brasileira espira, é claro, mas com tanta
dificuldade.

As gravadoras asfixiam?
Claro, amizade. A indústria fonográfica impõe,  como sempre e como todas.

O público manda e as gravadoras obedecem: isso é a famosa lógica da jogada,
mas a verdade não é só assim. A música popular oficial (a do público, por aqui),
não admite a menor ousadia criativa, não admite experiências e, pelo contrário,
veta sistematicamente: basta pintar mais à vontade pra nem sequer ser gravado.
Como é mesmo o nome disso?
Asfixia!
(Torquato Neto)

domingo, 3 de outubro de 2010

Radianos

Passa o tempo, passa a hora
e a minha cabeça não sai do lugar
Os números, os cálculos fazem uma
figura real do meu viver.
Fecho os olhos para não ver a
vermelhidão do lugar que me consome
E este, sobre aquele mostra a
imagem num estalar...
Diminuino o espaço e aumentando o cansaço
É que meu corpo se prende a
um labirinto inacabável, que
sistematicamente se desgasta
Aqueles raios que vejo costurar
o meu olhar, fazem música!
E a tal melodia me deixa sem chão.

Contabilidade

Que provas constantes
mostram aos seres habitantes
a sua capacidade?
Seu destino depende de
um ponteiro linear?
A sua cabeça está em
constante explosão!
Eu já não sinto meus
pés no chão...
O que fazer se a nossa
existência inteligente
depende matematicamente
de imensidões à olho nú!

http://www.flickr.com/photos/leka_leka/4518885599/